Asa-branca ou pomba-asa-branca (Patagioenas picazuro, anteriormente Columba picazuro), também conhecida comopomba-pedrês ou pomba-trocaz, é uma ave columbídea endêmica da América do Sul que ocorre desde o nordeste brasileiro até a Argentina. A asa-branca vive em campos, cerrados e bordas de florestas e também em centrosurbanos.Na música brasileira, este pombo e sua resistência à seca no Nordeste inspiraram Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira a criarem a música Asa Branca. Asa branca monta seus ninhos nas laterais ou na copada das árvores. Os ninhos são demarcados pelo macho em voos altos e o seu som é mais grosso que o da fêmea. Alimentam-se de grãos e sementes.
O macho pode medir até 34cm a fêmea até 30cm. A fêmea poem de um a dois ovos que são chocados de 19 a 20 dias por ambos. Como características mais predominantes, encontram-se: olhos avermelhados, asas cinzas com uma listra branca (o que explica o nome), pele cinza e azul no pescoço. O ninho possui de 5 a 10 cm. A ave é encontrada em toda a América do Sul, o que define um estado de extinção pouco preocupante.
Tem cerca de 48 centímetros. Sua cara é cinzenta, a barriga é preta e tem grande mancha branca na asa, visível apenas quando a ave voa. Tem bico e pés vermelhos. Quando jovem, é pardo acinzentado, inclusive bico e pés.
Alimenta-se de pequenas sementes e folhas, gosta de arroz, apanha vermes, larvas de insetos e pequenos crustáceos.
Manifestações sonoras: possui um assobio de quatro a cinco sílabas: “tjüi-tjüi-tji-tji-tji”, repetido pelos membros do bando.
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sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Você sabe o que é a Asa-Branca?
terça-feira, 29 de julho de 2014
Você sabe quem e o veado catingeiro
Mazama gouazoubira, conhecido popularmente por veado-catingueiro, veado-virá, virá, virote, guaçutinga, guaçucatinga e guaçubirá, é uma espécie decervídeo sul-americano de pequeno porte, do gênero Mazama. O nome Mazama simplicornis foi largamente utilizado, assim como o nome Mazama gouazoupira(tal nome tem origem na descrição de Félix de Azara do "gouazoubira", nome comum da espécie em tupi).Tais nomes foram utilizados até o trabalho de Philip Hershkovitz, de 1951, em que reconheceu que o nome dado por Fischer(gouazoubira) era anterior ao dado por Illiger (simplicornis). Hershkovitz também percebeu que gouazoupira era resultado de um erro ortográfico. Apesar do nome origina ser gouazoupira, o largo uso do nome gouazoubira tornou esse o nome oficial da espécie
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A espécie ocorre desde o sul da região Amazônica até o Uruguai e região central da Argentina ocupando todo o leste das regiões pré-andinas até o litoral brasileiro.Parece evitar florestas altas, preferindo áreas de floresta secundária, com alta quantidade de vegetação arbustiva no sub-bosque, como capoeiras e bordas de mata. Dado sua alta adaptabilidade, o veado-catingueiro pode habitar áreas altamente modificadas pelo homem, e pode ocorrer mesmo em monoculturas agrícolas, como canaviais e plantios de Eucalyptus e Pinus.Provavelmente, a própria ação humana tenha beneficiado a espécie em algumas localidades, o que causa preocupações dado o alto potencial invasor da espécie, que pode competir com outras espécies do gênero Mazama, que são mais raras, como Mazama nana e Mazama bororo
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É um cervídeo de pequeno porte, pesando cerca de 18 kg. Mede entre 88,2 e 106 cm de comprimento e possui entre 50 e 65 cm na altura da cernelha. A coloração varia desde o avermelhado até o cinza, com cor mais clara no ventre, e áreas brancas na parte inferior da cauda e interior das orelhas. Possui uma mancha branca acima dos olhos, que é característica dessa espécie.Os chifres não são ramificados, possuem entre 6 e 12 cm de comprimento e são observados principalmente entre maio e julho, no Brasil. São animais geralmente diurnos e solitários, mas podem formar pequenos grupos em período de escassez de alimentos. Os machos são territoriais e a área de vida da espécie varia de 30 a 300 hectares. A onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor) são seus principais predadores. Sua dieta se constitui principalmente de frutos e folhas. A gestação dura cerca de 7 meses e dão à luz um filhote por vez. Este, nasce com pintas brancas na pelagem, que desaparecem depois de 3 ou 4 meses. O ciclo reprodutivo do veado-catingueiro é rápido, com as fêmeas podendo ter até duas prenhez por ano
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A IUCN lista a espécie como de "baixo risco", assim como não consta na lista do IBAMA, de animais em extinção. Provavelmente, é a espécie de cervídeo mais abundante do Brasil.Entretanto, parece ameaçado de extinção no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. A caça é a principal ameaça à espécie, e calcula-se que até 2000 animais são mortos por mês na Argentina. Apesar dodesmatamento ter favorecido a expansão da espécie, o contato com animais domésticos pode ser prejudicial ao transmitir zoonoses
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Você sabe o que e a Caatinga
Caatinga (do tupi: ka'a [mata] + tinga [branca] = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).
Ocupando cerca de 850 mil km² (aproximadamente 10% do território nacional), é o mais fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos
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Do ponto de vista da vegetação, a região da caatinga é classificada como savana estépica. Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas, cujas diferenças se devem à pluviometria, fertilidade e tipos de solo e relevo. Uma primeira divisão que pode ser feita é entre o agreste e o sertão. O agreste é uma faixa de transição entre o interior seco e a Mata Atlântica, característica da Zona da Mata. Já o sertão apresenta vegetação mais rústica. Estas regiões são usualmente conhecidas como Seridó, Curimataú, Caatinga e Carrasco .
Segundo esta distinção, a caatinga seridó é uma transição entre campo e a caatinga arbórea. Cariri é o nome da caatinga com vegetação menos rústica. Já o Carrasco corresponde a savana muito densa, seca, que ocorre no topo de chapadas, caracterizada pelo predomínio de plantas caducifólias lenhosas, arbustivas, muito ramificadas e densamente emaranhadas por trepadeiras. Ocorre sobretudo na Bacia do Meio Norte e Chapada do Araripe.Nas serras, que apresentam mais umidade, surgem os brejos de altitude
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A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas.
Apresenta vegetação típica de regiões semiáridas com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca. Anteriormente acreditava-se que a caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica. Essa crença sempre levou à falsa ideia de que o bioma seria homogêneo, com biota pobre em espécies e em endemismos, estando pouco alterada ou ameaçada, desde o início da colonização do Brasil, tratamento este que tem permitido a degradação do meio ambiente e a extinção em âmbito local de várias espécies, principalmente de grandes mamíferos, cujo registro em muitos casos restringe-se atualmente à associação com a denominação das localidades onde existiram. Entretanto, estudos e compilações de dados mais recentes apontam a caatinga como rica em biodiversidade e endemismos, e bastante heterogênea. Muitas áreas que eram consideradas como primárias são, na verdade, o produto de interação entre o homem nordestino e o seu ambiente, fruto de uma exploração que se estende desde o século XVI.
A fauna possui baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 45 espécies de anfíbios, 97 de répteis, 695 de aves, 148 de mamíferos e 240 de peixesnum total de 1225 espécies de animais vertebrados, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário desteecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-de-tufos-brancos, entre outros.
Prea |
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Tatu-Peba |
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sapo-cururu |
Asa Branca
Porém este patrimônio encontra-se ameaçado. A exploração feita de forma extrativista pela população local, desde a ocupação do semiárido, tem levado a uma rápida degradação ambiental. Segundo estimativas, cerca de 70% da caatinga já se encontra alterada pelo homem e somente 0,28% de sua área encontra-se protegida em unidades de conservação.
Em 2010, no primeiro monitoramento já realizado sobre o bioma, constatou-se que a caatinga perde por ano e de forma pulverizada uma área de sua vegetação nativa equivalente a duas vezes a cidade de São Paulo. A área desmatada equivale aos territórios dos estados do Maranhão e do Rio de Janeiro somados. O desmatamento da caatinga é equivalente ao da Amazônia, bioma cinco vezes maior.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, resta 53,62% da cobertura vegetal original. A principal causa apontada é o uso da mata para abastecer siderúrgicas de Minas Gerais e Espírito Santo e indústrias de gesso e cerâmica do semiárido. Os dois estados com maior incidência de desmatamento deste tipo de bioma são Bahia e Ceará. A caatinga perdeu 45% da área original.
Estes números conferem à caatinga a condição de ecossistema menos preservado e um dos mais degradados conforme o biólogo Guilherme Fister explicou em um recente estudo realizado na Universidade de Oxford.
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